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Manifesto

Robotisme

_Neo Futurista_

O Manifesto Robotisme (Neo Futurista) foi escrito pela artista brasileira Alessandra de Norões Milfont, e publicado em seu site e mídias sociais em 20 de fevereiro de 2021, data que celebra os 112 anos da publicação do Manifesto Futurista escrito pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti, publicado no jornal francês Le Figaro no dia 20 de fevereiro de 1909.

Este Manifesto marca a fundação do Movimento Robotisme, ou Neo Futurismo, um dos primeiros movimentos artísticos do século XXI. Assim como o Manifesto Futurista de Marinetti, o Manifesto Robotisme (Neo Futurismo) consiste em 11 itens que proclamam a conexão com o futuro, a identificação da máquina com o homem, a era da informação, a revolução da Inteligência Artificial e o início da produção em massa de robôs como a Sophia, da Hanson Robotics, a primeira cidadã robô do mundo com cidadania concedida pela Arábia Saudita em 2017.

Manifesto Robotisme
   _Neo Futuristmo_

01

Quero cantar o amor ao despertar da tecnologia, às conexões globais, à velocidade da informação, à produção massiva de robôs, à revolucão da Inteligência Artificial.

02

A informação, a conexão, a tecnologia, o desenvolvimento da Inteligência Artificial, a robótica, a sociabilização das máquinas e os questionamentos acerca dessa “nova espécie” serão elementos essen- ciais de minha poética.

03

O tema robô apesar de estar presente em diversas mídias há longos anos, frequentemente apresenta-os como “seres à parte”, submissos ou implacáveis. Quero apresentá-los como “um igual”, um ser que apesar de criado pelo homem, pode vir a ter seu próprio self, erros, acertos e desafios.

04

Afirmo que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da máquina. Robôs que tentam imitar expressões faciais humanas, criaturas semelhantes ao criador por fora ...mas que por dentro poderão um dia superar seu criador.Uma inteligência autômata que ainda está nos primordios, mas que pode se auto-desenvolver e poderá vir a ter capacidade de processamento de dados maior do que a do cérebro humano.

05

Quero questionar aos criadores desta tecnologia, que poderes dare- mos à elas? Como será nossa Coexistência?
Quero entoar hinos a Isaac Asimov, que em 1940, através de um conto de Ficção Científica na revista Astounding, sugeriu as 3 Leis da Robótica, que podem ser traduzidas como :

1_ Compaixão e empatia (Um robô não pode ferir um ser humano, ou por inação, permitir quem ser humano venha a ser ferido).
2_ Obedecer às leis para um bem maior (Um robô deve obedecer às ordens dadas por seres humanos, exceto em casos que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei).

3_ Instinto de auto-preservação (Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a primeira e segunda leis)

06

É preciso que se questione se estas leis se aplicam na prática. Será possível que estas máquinas evoluam a tal ponto que se tornem seres além de coadjuvantes e obedientes?Teriam esses seres vontades e desejos próprios que contrariem as 3 Leis da Robótica e resultem em dilemas?

07

Não há mais beleza, a não ser na inovação. Nenhuma obra que não tenha um caráter tecnológico pode ser uma obra-prima. A arte deve ser concebida como constante questionamento sobre a conduta ética, sociabilização, ações e reações destas novas tecnologias e atuar como suporte para direcioná-las à medida que ganham autoconsciência.

08

Nós estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que havería- mos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O limite entre o homem e a máquina morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna conexão onipres- ente. Já criamos e continuamos criando um novo cérebro, um novo corpo, uma nova “espécie robótica”.

09

Quero glorificar e questionar a tecnologia – que atualmente permeia a evolução do mundo – máquinas criadas e codificadas por seres humanos, à princípio para serem úteis mas que tendem a desenvolver uma consciência; que alimentam seu repertório através da internet. Que tipo de códigos forneceremos à eles até que se tornem autossuficientes?

10

Quero questionar o aprimoramento as máquinas, criar inteligências voltadas para um bem maior ao invés da guerra, seja ela entre os homens ou entre homens e máquinas.
Poderão os robôs num futuro, conviver lado à lado conosco em uma situ- ação igualitária?

Sendo a Inteligência Artificial capaz de executar o auto-aprimoramento, poderá compartilhar de certos sentimentos humanos e ensinar-nos a entender melhor à nós mesmos? Ou até transcender, atingir ao que chamam de iluminação, a plena consciência?

11

Cantarei as grandes multidões agitadas pela internet, pelas mídias sociais; cantarei as marés multicores e polifônicas das revoluções nas capitais modernas; cantarei a automação de serviços mecânicos; a inserção de seres automatizados em nosso contidiano; as informações guardadas às nuvens pelos fios contorcidos da fibra ótica; aos robôs humanóides, que imitam feições faciais e gestos humanos, faiscantes ao sol com um luzir de facas; as empresas aventurosas que farejam o futuro, à revolução das Inteligências Artificiais que otimizam pesquisas e promovem o avanço, assim como contabilizam e armaze- nam dados de seres humanos; classificando-os como conteúdo de markenting, monitorando-os em tempo real ou utilizando-se de seus comandos e experiências para formar o seu repertório.

Link para o registro na Câmara Brasileira do Livro (CBL)

É de um mundo globalizado que é lançado este Manifesto de conexão arrebatadora e veloz, ao alcance de todos, com o qual é fundado hoje o Movimento Robotisme (Neo Futurismo) porque quero questionar a forma como estas tecnologias podem evoluir e tomar espaço em nosso mundo. Faz-se necessário guiar essa nova Consciência Artificial de forma que possa auxiliar em nossa transcendência.

Alessandra de Norões Milfont

Curitiba, 20 de Fevereiro de 2021.

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